John Carpenter: O Cineasta que Inspira os Criadores de Videojogos


Apesar de não se dedicar à realização desde 2010, com The Ward, recebemos noticias de John Carpenter com bastante regularidade. A página oficial no Facebook, a conta no Twitter, a série de comic books John Carpenter’s Asylum (2013-2014), as recentes edições em Blu-ray e a sucessão de entrevistas, sempre com respostas curtas é certo, são motivos que mantêm John Carpenter no radar, para além de um conjunto impressionante de obras feitas que estabelecem diálogos apaixonantes com a actual realidade política e social e que a passagem do tempo mostra dificuldade em datar. Alguns dos assuntos recorrentes nas suas ultimas intervenções públicas têm sido os videojogos e as novidades em termos de consolas. Em Dezembro, ao site Giant Bomb respondeu a um inquérito em que escolhia os seus jogos favoritos de 2013: o último volume da série de ficção histórica Assassin's Creed (Patrice Desilets, 2007- ) pontuava em primeiro lugar. Os videojogos não se tratam de um novo interesse de Carpenter, nem deve surpreender a ligação que estes estabelecem com a sua obra. Nos primeiros anos da década de 2000, a revista Cahiers du Cinéma insistia, com alguma polémica entre os leitores tradicionais, em artigos, especiais e números extra que propunham o cruzamento do cinema com os videojogos, os reality shows,  as séries de televisão e a internet. Num hors-série dedicado aos videojogos, propunha a seguinte interrogação no editorial: Les jeux vidéo sont parmi nous. Sur un plan industriel (production et marché) et esthétique, avec  un univers d'images en numérique, des récits e des personnages, un découpage en genres, et des auteurs-concepteurs. Peut-on aimer le cinéma (voir des films, en parler, écrire) et faire la même chose avec des jeux vidéo dans un spécial des Cahiers? Um novo jogo intitulado The Thing, adaptação do célebre filme de Carpenter, era o motivo para uma entrevista com o realizador e para uma coluna de análise da influência de The Master of Horror no que era avançado como uma eventual idade de ouro dos videojogos. Entre os exemplos mais evidentes encontravam-se a personagem Snake Plissken (Escape from New York e Escape from L.A.) que inspirava Solid Snake em Metal Gear Solid (Hideo Kojima, 1998- ), o nevoeiro (The Fog) persistente que ameaçava Silent Hill (Keiichiro Toyama, 1999- ) e a dimensão colectiva na experiência de mundos digitais infestados por monstros. O hors-série encontra-se, há muito, esgotado no mercado, mas encontrámos algumas imagens dele, incluindo a entrevista de John Carpenter.








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