Evocação da Crítica






















The Conjuring (A Evocação, James Wan, 2013)




James Wan promete mais do que realmente oferece. Agora que decidiu terminar a carreira no cinema de terror para se dedicar a outras aventuras mais estimulantes, incluindo essa série marcante, pelo menos em termos de longevidade, que dá pelo nome de Fast & Furious -  está a filmar o sétimo capítulo -, relembramos o que foi escrito sobre o recente The Conjuring (A Evocação, 2013).


James Wan vise un simple principe d’efficacité et réactive, avec une vraie candeur, tous les codes du bis seventies sans jamais céder à l’ironie ou à la distance postmoderne, filmant chaque claquement de porte, chaque sursaut et miroir réfléchissant comme pour la première fois. Il trouve surtout, dans le dénuement quasi conceptuel qu’épouse le récit de Conjuring, l’écrin idéal d’un exercice de style virtuose sur le motif de la peur, dont il est l’un des seuls, aujourd’hui, à maîtriser les mécanismes. Si l’effroi est une question de rythme, de précision, en somme de musicalité, disons alors qu’il a trouvé chez James Wan son meilleur soliste du moment.
Romain Blondeau em Les Inrockuptibles

Conjuring revient au contraire à la sève nostalgique de l'épouvant «paranormale» des années 70, remontant les temps dans une variation maniériste autour de Amityville ou de Shining ... La beauté de la reconstitution des annés 70 est impressionnant, tout comme la mise en place d'une atmosphère familiale tour à tour chaleureuse et glaçante. Mallheureusement, Wan choisit trop ouvertement de céder au ludisme à mi-parcours, et le film s'écrase lors d'une dernière partie digne d'une mauvaise série Z.
Vincent Malausa em Cahiers du Cinéma

O cineasta confirma o seu estatuto de especialista em viagens no comboio-fantasma com esta Evocação que segue na linhagem de casas assombradas do seu predecessor, a meio caminho entre o Poltergeist de Spielberg e Amityville, aqui inspirando-se num caso verídico e em personagens que existiram na realidade. O que interessa a Wan, na verdade, é antes o modo como estes desafios sobrenaturais celebram a força do núcleo familiar contra uma ameaça externa, o que lhe dá também uma dimensão de filme dos anos-1980 ... Se a maioria do cinema que por aí se vê - e não só de terror... - tivesse a eficácia e inteligência deste filme, talvez as coisas não andassem tão por baixo.
Jorge Mourinha em Público

Wan’s film pays homage to the genre’s great era, the 1970s.  Set in 1971, The Conjuring is haunted, not only by the demon tormenting the Perron family in their rural Rhode Island home, but by the specter of an era that disturbingly resembles our own ... The moral of the story ultimately rests on a conservative affirmation of the power of religion and of family.  The Warrens marshal the same Christian forces that defeated the demon haunting Linda Blair in The Exorcist (1973), enhanced by the powerful maternal feelings of the demon’s host, Carolyn Perron.
Jed Mayer em Indiewire

Tout y est, des portes qui grincent aux apparitions furtives de silhouettes sans oublier la farandole de stigmates affligeant les personnages et le fameux effet «coucou, c’est Satan» pouvant conduire les spectateurs sensibles aux urgences les plus proches. A découvrir le cahier des charges, le film semble une nomenclature des clichés les plus éculés, mais l’expérimenté sens du tempo du réalisateur et le sérieux avec lequel il agence le tout font de Conjuring un film «train fantôme» tout à fait conforme à ce qu’on pouvait en attendre.
Bruno Icher em Libération

The Conjuring, elogiado pela maioria da crítica norte-americana, parecia ser o filme que vinha elevar este “novo primitivo” do cinema de horror a um outro patamar de excelência. Infelizmente, o que encontramos neste filme é mais a sedimentação de truques e mecânicas de horror do que a depuração de uma linguagem. Não é só a repetição estrutural que causa desconfiança – afinal, temos aqui de novo um filme de assombrações protagonizado por Patrick Wilson… – mas a forma como se reencenam as brincadeiras diabólicas, em que, por exemplo, o arrepiante hide and seek, perdão, and clap se afirma como uma derivação mais do que uma evolução do que viramos antes.
Luís Mendonça em À pala de Walsh


Para acompanhar o lançamento de The Conjuring, no Le Nouvel Observateur, Vincent Malausa elaborou um top de filmes sobre casas assombradas (aqui). Entre as escolhas, para além dos mais óbvios, estão filmes de Pupi Avati, Tony Williams, Mario Bava, Antonio Margheriti e Sidney J. Furie. No topo da lista está o fabuloso The Haunting (A Casa Maldita, 1963) de Robert Wise.


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